TENTÁCULOS DA INDÚSTRIA DA DELAÇÃO PREMIADA
Disse VEJA, verbis:
[...] O Intercept recebeu de fonte anônima 1 milhão de mensagens, totalizando um arquivo com mais de 30.000 páginas. Só uma pequena parte havia sido divulgada até agora - e ela foi suficiente para causar uma enorme polêmica.Agora sabemos: Moro vetou a delação de Cunha, que chantageou os corruptos, seus comparsas, com a "delação do fim do mundo". Foi apenas uma chatagem. A ameaça serviu para receber, em troca, muita grana, milhões, para não delatar.
Em parceria com o site, VEJA realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo. Foram analisadas pela reportagem 649.551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras.
A apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim, irregularidades. [...]
A chantagem do gângster Cunha contra os comparsas só deu certo graças ao apoio de um parceiro inusitado, de um juiz ladrão. O comparsa do gângster foi ninguém menos que Moro, "O Chefe"!
Como se sabe, o Procurador-Geral Rodrigo Janot denunciou o Presidente Temer por corrupção. A prova que embasou a acusação foi uma conversa gravada, com autorização do STF, dentro do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República.
O Brasil inteiro sabe da famosa frase: "Tem que manter isso, viu?" (do corrupto Temer para o corruptor Joesley Batista).
A reportagem da VEJA, ao publicar o vazamento do conluio entre Moro e Dallagnol, permitiu estabelecer a ligação entre uma coisa e outra, isto é conluio Moro-Dallagnol x conversa Temer-Joesley.
É estarrecedor: um juiz usar o Juciário para proteger corruptos notórios. Moro deu cobertura a um gangster para chantagear os seus parceiros corruptos em troca de dinheiro da corrupção, tudo transacionado, operado, pago e recebido de dentro da cadeia.
Agora sabemos que a indústria da "delação-premiada" envolve também a premiada "não-delação" chantageada.
"Cunha, o senhor é um gangster", "Moro, o senhor é corrupto, um juiz-ladrão" (frases históricas do deputado Glauber Braga, pronunciadas em 16/04/2016 e em 30/06/2019)
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