A CONSTITUIÇÃO E A LEI MANDAM QUALQUER JUIZ SER NEUTRO #VazaJato #FarsaJato
Ao rebater as revelações do site The Intercept, Moro disse ao Estadão que as comunicações entre ele e os procuradores da República da Força-Tarefa eram banais e comuns – contendo apenas notícias e informações, mas não ajudando os procuradores a elaborar estratégias de acusação.
Na verdade, as conversas entre o juiz e os procuradores Carlos Fernando Lima e Deltan Dallagnol provam que Moro estava sugerindo estratégias para que a Força-Tarefa do Ministério Público Federal - MPF realizasse sua campanha pública contra o próprio réu que ele estava julgando.
Moro ordenou aos procuradores Carlos Fernando e Dallagnol:
i) que o MPF publicasse uma nota rebatendo as afirmações da defesa de Lula em coletiva à imprensa após a inquirição de Lula pelo Juízo da 13ª Vara Federal, em Curitiba;
ii) que os procuradores chamassem também uma coletiva à imprensa para reforçar as contradições do depoimento de Lula;
iii) que os procuradores monitorassem de hora em hora a cobertura e as opiniões da imprensa;
iv) que ele juiz fosse poupado, tirando o foco sobre ele.
Os procuradores Carlos Fernando e Dallagnol determinaram à Assessoria de Comunicação - ASCOM do MPF o cumprimento das medidas ordenadas pelo juiz, mas não poderiam dizer aos jornalistas do MPF que as ordens eram do juiz.
No transcorrer do dia, os jornalistas da ASCOM refutaram chamar a coletiva para falar da audiência e que a nota seria desnecessária.
O The Intercept divulgou o diálogo entre os jornalistas e os procuradores da Lava Jato. Aqueles manifestaram reiteradamente a estes, verbis:
"[...] Porque coletiva? Só porque é um ex-presidente? A nota e a coletiva vão dar chance para a defesa rebater em outra coletiva. De hora em hora, Dr.? De madrugada ninguém lê notícia [...]".Os jornalistas da ASCOM não sabiam que, na verdade, as ordens vinham de Moro. Os procuradores eram apenas ventríloquos.
Ao final, a ASCOM chamou a coletiva, emitiu a nota e enviou de hora em hora aos procuradores, que retransmitiram ao juiz, os links de cada matéria publicada na grande mídia sobre a inquirição do ex-Presidente em Curitiba.
Na mensagem da ASCOM aos procuradores, os jornalistas avaliaram que, verbis:
"[...] A nota da Lava Jato pautou a grande mídia - Globo, Veja, Folha, Estadão. Só não conseguiu influenciar a chamada mídia alternativa (isto é, a imprensa democrática contrária ao golpe de estado) [...]".Assim, o juiz não só chefiou a acusação, como direcionou a grande mídia a formar opinião pública contra uma pessoa que foi julgada e condenada pelo próprio juiz.
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