SEM BOLA DE CRISTAL, UMA ANÁLISE EM PERSPECTIVA DA VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT
- Sim, proferido pelos defensores do golpe (PSDB, PPS, DEM, maioria do PMDB, PTB, PP, PRB, PSB, PTN, PHS, minoria PROS, rachado PEN, PMB);
- Não, proferido pelos defensores da democracia (PT, PCdoB, PDT, PSOL, PR, maioria PROS, PTdoB, minoria PSD, Rede, PHS) .
UM FATOR NÃO TÃO INUSITADO
Eis que entra em cena um fator e um agente não tão inusitados: a candidata derrotada na última eleição presidencial, Marina Silva, orientou o voto a favor do impedimento, mas lançou o movimento pela convocação de nova eleição presidencial.
Assim, os deputados da Rede que anunciaram o voto Sim estavam batendo cabeça, pois seus votos retirariam Dilma, mas colocariam a dupla golpista e corrupta Temer-Cunha na Presidência e Vice-Presidência.
Daí, surgiu uma rearticulação do movimento para "Nem Dilma nem Temer" em defesa da cassação da chapa Dilma-Temer com nova eleição presidencial, inclusive em conversas com o PT, PCdoB e dissidentes da Rede e do PSB, surgindo daí uma nova opção de voto, disponível no painel da votação:
- Abstenção, a ser proferido pela maioria dos deputados federais da Rede, PSB, PSD, PMB.
ESPETÁCULO MIDIÁTICO E "EFEITO MANADA"
Os golpistas propagandearam pela Rede Globo a estratégia do "efeito manada", adredemente planejada: a combinação dos efeitos negativos das ações da operação Lava-Jato com o desembarque dos partidos golpistas que compunham a base parlamentar do governo: PMDB, PP, PSD, PTB, PRB.
As decisões das cúpulas partidárias golpistas foram amplificadas ao extremo em sinergia com delações premiadas, vazadas seletivamente pela Força-Tarefa da Lava-Jato em Curitiba.
A perseguição, os vazamentos e as notícias de denúncias seletivas atingiram em cheio o governo, reforçando a onda pró-impeachment ("efeito manada"), mantendo vivo o espetáculo midiático.
CIRCO MIDIÁTICO
Ao mesmo tempo, o procurador-geral da República, Janot, em combinação com o ministro assumidamente golpista do STF, Gilmar Mendes, declararam liminarmente a suspensão da posse de Lula no Ministério.
O governo ficou com a espinha quebrada, sem o auxílio daquele que poderia rearticular sua base político-partidária.
O STF invadiu a competência EXCLUSIVA do Chefe do Poder Executivo da União de nomear ministro, uma pessoa que não é réu em qualquer processo.
EFEITO EXTERNO DESMASCARA O GOLPE MIDIÁTICO-JUDICIÁRIO
Por outro lado, o STF é conivente com um FATO ABSURDO denunciado pela grande mídia estrangeira, quebrando o monopólio da mídia nacional (PiG - Partido da imprensa Golpista):
[...] o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, que comanda o impeachment, é réu, multi-delatado na Lava-Jato e multi-citado em Listas de Propinas apreendidas pela Força-Tarefa, além de contar com Parecer do PGR de 184 anos de prisão pelos crimes acusados [...] (matérias publicadas no New York Times, El Pais, Independent, Guardian e Washington Post)No entanto, Cunha exerce plenamente as funções de importante cargo público, o segundo linha sucessória e comanda em ritmo célere o processo de impedimento da Autoridade Máxima da Nação que a nada responde de improbidade!
UM FATOR INUSITADO
Ocorre que os movimentos sociais reagiram, foram às ruas e reequilibraram a disputa. Lula só não está nas masmorras da Guantánamo da República de Curitiba por conta da reação popular.
Num crescendo, os movimentos sociais ocuparam as ruas - 18/03, 31/03 e desencadearam uma reação dos segmentos formadores da opinião pública (diferente da opinião publicada do PiG): milhares de atos e manifestações de artistas, professores, estudantes, profissionais foram protagonizados por sindicatos, centrais, ONG, universidades da sociedade civil organizada.
O Contra-golpe repercutiu no Congresso Nacional, reforçando as posições democráticas e desmascarando o golpe midiático-judiciário em curso.
A reação consciente da sociedade resultou num fator inusitado, informado nesta madrugada de 17/04/2016 pelo Senador Requião/PR no seu Twitter:
[...]104 deputados que não compactuam com o circo midiático e não aceitam ser tratados como animas debandaram, desligaram seus celulares, compraram passagens e voltaram para seus estados de origem. [...]RESUMO DA ÓPERA
- Os golpistas alcançarão apenas 200 votos Sim, número bastante inferior aos 2/3 necessários para dar seguimento ao processo de impedimento;
- Os democratas, que já contavam com 179 votos Não, passarão a contar com 30 votos Abstenção do movimento "Nem Dilma nem Temer", além de 104 Ausentes que já saíram de Brasília de volta para seus estados.
CONCLUSÃO
- A oposição será fragorosamente derrotada;
- Os golpistas contarão apenas 200 votos, um número bastante inferior aos 342 necessários para dar seguimento à DCR contra a Presidência da República no Senado, em Comissão Julgadora a ser presidida pelo ministro Ricardo Lewandowski do STF;
- A democracia sairá vitoriosa com 179 votos Não, 30 Abstenções e 104 Ausências somando 313 parlamentares federais.
PERSPECTIVA
A vitória contra o golpe permitirá a formação de uma sólida base no Congresso Nacional para a repactuação de um novo governo democrático-popular, capaz de retomar o crescimento, voltar a gerar empregos, reduzir a inflação, baixar os juros, garantir os as conquistas e avançar em novas, como a democratização dos meios de comunicação e a efetivação do imposto sobre grandes fortunas e capital financeiro.
Mas se trata apenas do primeiro passo. A derrota dos golpistas somente será definitiva com a institucionalização de fato de uma democracia popular no Brasil.
#NãoVaiTerGolpe #ForaRedeGlobo #VaiTerLuta #DilmaFica
#OPovoNãoÉBoboAbaixoARedeGlobo #GloboGolpista #DesligaOGolpe
#OPovoQuerDemocracia #EstouComLula #TrabalhadoresContraOGolpe
#MarchaDaCorrupção #occupy #MarchaDosAloprados
#MarchaDosCorruptos #MarchaDasCoxinhas #ForaGlobo
#DemocraciadaMidia #MoroPorqueSoPT #DesaTucanaMoro
#MoroExonerado #VemPraDemocracia
#NoAlGolpeEnBrasil #sp #avenidapaulista #anaperugini #PortoAlegre
#BrasilContraOGolpe #ImagensDaDemocracia #DemocraciaSim
0 Comments:
Post a Comment
<< Home