Nada mais faz do que obedecer
cegamente ao compromisso assumido pelo baronato da mídia com a elite
golpista de 1964.
A lei brasileira proíbe alinhamento em campanha
partidária de qualquer veículo de comunicação.
Toda concessão de serviço público obedece ao
princípio constitucional da pluralidade de opinião.
Tanto que um juiz eleitoral da Bahia suspendeu uma
emissora de rádio - cuja concessão é de Mário Kertész, do PMDB, que deu apoio
ao candidato Pelegrino do PT à prefeitura de Salvador. Foi punido!
Mas, e a Rede Globo? Ela pode fazer campanha
anti-PT, anti-Lula, anti-Dilma, anti-Brizolla, anti-MDB, anti-PMDB (quando se
alia ao PT)?
A Globo pode fazer isso? Claro que não! Todos são
iguais perante a lei!
No entanto, desde seu nascimento, em 1965, a Globo
desrespeita a lei.
E nunca, nenhuma vez sequer, apareceu um magistrado
com a "coragem" do juiz de Salvador para fazer cumprir a lei!
Por isso, REGULA, DILMA!
O art. 220, § 5º, da Constituição Federal diz:
"os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser
objeto de monopólio ou oligopólio".
O professor Laurindo Leal Filho da
USP tem se manifestado a respeito do assunto e sustentado que a Ley de Meios
argentina é um exemplo, considerado pela ONU como modelo de democratização dos
meios de comunicação social. Diz ele:
“o art. 161 da Ley de Medios
estabelece que, a partir de janeiro de 2013, 33% das concessões serão destinadas ao setor privado; 33% ao
setor público; e, 33% às organizações comunitárias. Nada mais justo, pois as
ondas eletromagnéticas são um bem público, que ocupa um espaço finito, cuja concessão é limitada e se sujeita ao controle do Estado”.
A constituição brasileira, no art. 223, determina
ao Poder Executivo a outorga, a renovação da concessão, a permissão e a
autorização para o serviço de radiodifusão sonora, de sons e imagens, observado
o princípio da complementariedade dos sistemas privado, público e estatal.
É chegada a hora de consolidar os avanços
democráticos conquistados a dura pena pelos brasileiros, com a eleição de
governos comprometidos com a inclusão social, distribuição de renda, acesso à
educação, saúde, propriedade da terra urbana e rural, melhoria da condição de
vida.
Mas, tais conquistas e a
possibilidade de avanços estão seriamente ameaçados por um contra sistema,
articulado por setores elitistas, que não querem ceder a fatia de 20% da
riqueza nacional por um punhado que representa menos 1% da população.
Essa elite tem assento nas altas
cúpulas do poder público e privado tradicional, não se submete ao veredito
popular, é dona de verdades absolutas e supremas.
Já que os partidos políticos de
direita não são capazes de derrotar o trabalhismo, então, essa oposição
entregou a direção oposicionista aos estrategistas dos estratos sociais mais
reacionários, que vivem nas sombras e no luxo da pilhagem ao tesouro nacional e
na apropriação da mais valia de milhões de trabalhadores.
A estratégia passa pelo oligopólio dos meios de
comunicação. A sociedade se vê massacrada pelo pior tipo de ameaça contra o seu
patrimônio cultural.
Na década recente de sua história, na qual o Brasil é
reconhecido em todo mundo pelas políticas públicas inclusivas e modernas, a
autoestima e os valores do povo brasileiro estão em baixa.
Isso se deve aos ataques internos, desferidos pelo jogo
sujo traçado pela aliança entre a grande mídia, com ênfase para a televisiva, e
os mega-exploradores das sociedades empresárias monopolistas.
Assim, honrada Presidenta Dilma Vana Rousseff, é chegada a hora de seguir
o exemplo, recomendado pela ONU, da advogada Presidenta Cristina Elisabet Fernández de Kirchner, da Argentina!
Necessário que se submeta aos legítimos representantes da sociedade brasileira a regulamentação dos arts. 220 a 224 da CF, sobre a COMUNICAÇÃO SOCIAL no Brasil. Que ela seja
instrumento de consolidação e avanço das enormes conquistas democráticas.
Ou o trabalhismo será golpeado, como em outras vezes da
nossa história!
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