O CLIMA PODE ESFRIAR COM A ELEIÇÃO DE OBAMA,
A eleição de Barack Hussein Obama II para a presidência dos Estados Unidos da América é emblemática sob vários aspectos – político, econômico, social, racial, dentre outros, com repercussão sobre o meio ambiente. A postura conservadora dos últimos governos republicanos, sobretudo os de George Walker Bush, contra a Convenção das Mudanças Climáticas e o protocolo de Kyoto são um claro exemplo. A vitória de pirro de Bush sobre Al Gore, na eleição de 2004, forneceu ao derrotado a oportunidade para exitosa campanha contra o aquecimento global que ajudou a pavimentar o caminho para a chegada de Obama à Casa Branca. Luiz Bosco
A vitória do primeiro negro à presidência do país mais próspero do mundo representa a perspectiva de mudança de paradigmas na pós-modernidade, potencialmente capaz de alterar as prioridades políticas internacionais e nacionais, na luta pela inclusão de amplos setores marginalizados ou ditos minoritários, como mulheres, negros, imigrantes e trabalhadores. O tema do aquecimento global tende a ganhar força, a partir de novas abordagens, como a discussão de instrumentos econômicos de proteção ambiental, inclusive nas cidades.
As cidades precisam desenvolver, dentro desse contexto global, seu patrimônio ambiental. Em Goiânia, esse patrimônio é rico e diversificado, constituído por 116,3 milhões de metros quadrados de Espaços Livres e Áreas Verdes, nas categorias de praça, parque; parque linear, verde de acompanhamento viário, área verde particular, equipamento público e jardim de representação. Este levantamento foi disponibilizado ao Município de Goiânia, permitindo a inserção dos dados no Mapa Urbano Básico Digital de Goiânia, sob a responsabilidade da Agência Municipal do Meio Ambiente e da Companhia de Processamento de Dados. O Sistema de Informação Geográfica de Goiânia (SIGGO) contém um banco de dados espacial com bairros, quadras, lotes, hidrografia, escolas, posto de saúde e outras informações e que, a incorporação dos dados ambientais possibilita o gerenciamento, planejamento, controle, preservação e divulgação do patrimônio ambiental de Goiânia.
A extensa base inicial de dados ambientais permite o fornecimento de informações detalhadas, de maneira ímpar, frente à realidade dos demais municípios brasileiros. A complementaridade e integração desta base de dados às demais camadas de informação do SIGGO, bem como sua disponibilização aos profissionais da iniciativa pública e privada e à comunidade em geral, são os primeiros passos de um desafio maior – que é incorporar este banco de dados aos procedimentos cotidianos dos agentes públicos e privados na produção do espaço urbano, de maneira sustentável, respeitando e potencializando os efeitos positivos do patrimônio urbano no uso e ocupação do solo.
O desenvolvimento sustentável é um termo moderno de aceitação universal, mas de difícil implementação, pois exige, muitas vezes, meios e instrumentos não tão acessíveis. No caso em foco, a cidade de Goiânia dispõe de um rico e diversificado patrimônio urbanístico-natural que, aliado ao sistema integrado de informação, aqui comentado, constituem-se no objeto e ferramenta de gestão racional do território. Cabe agora aos diversos segmentos da nossa sociedade aceitar e vencer o desafio de um futuro equilibrado, no seu tríplice aspecto, ambiental, econômico e social. Caso contrário, esse patrimônio será apropriado pelos agentes produtores do espaço urbano com o único fito de obtenção do lucro.
Goiânia possui características peculiares, consistentes no patrimônio ambiental que proporciona elevado índice de área verde de cem metros quadrados por habitante, bem como na disponibilização de ferramenta moderna, o SIGGO-Ambiental. Essas características possibilitam a aplicação de mecanismos de desenvolvimento limpo e sustentável. Para tal, é necessário que o Município promova ou estimule pesquisas científicas para determinação de parâmetros físicos, sociais e ambientais da arborização no meio urbano. O círculo virtuoso dessa estratégia de gestão urbana gera instrumentos, como o crédito de carbono, de melhoria contínua da qualidade de vida dos cidadãos.
DESCONFORTO AMBIENTAL: CAUSAS LOCAIS E EFEITOS GLOBAIS
Neste verão, Goiânia enfrentou temperatura de até 43ºC e baixa umidade relativa do ar, num contexto de aquecimento global. As questões da ecologia e do meio ambiente ocupam o centro do debate internacional, com a intensificação da poluição, do desmatamento, do derretimento das calotas polares, do prolongamento da estiagem, de inundações, de fenômenos meteorológicos e outros relacionados ao desequilíbrio climático. A elevação da temperatura da atmosfera global é provocada pelo acúmulo de gases poluentes lançados em quantidades crescentes pelas atividades humanas.
As atividades que causam efeito estufa são realizadas por produtores rurais e urbanos que se localizam sempre em determinado município e que estão submetidas ao controle de instituições tributárias e ambientais. O uso do solo, o produto do desmatamento, a apropriação dos espaços livres urbanos e sua transformação em espaço construído resultam em mercadorias disponibilizadas aos consumidores e submetidas às leis de oferta e procura. A cadeia de fatores causadores do efeito estufa, assim, chega ao consumidor, localizado em grande parte nos centros urbanos. Portanto, as conseqüências são globais, mas as causas são locais. Cada árvore desmatada elimina a possibilidade de devolução de dezenas de litros de água na forma de vapor para a atmosfera. Cada litro que deixa de ser evapotranspirado pela vegetação implica em mais calor na atmosfera, oriundo dos raios solares refletidos pelas superfícies não naturais, aquecendo o ambiente que nos rodeia.
A humanidade avançou na compreensão do problema. Mas é necessário avançar mais, sobretudo, a partir de aspectos fundamentais como a superação da dicotomia entre países membros (os industrializados) e não membros (em processo de industrialização) do Anexo I do Protocolo de Kyoto, já que tal separação não procede inteiramente, pois todos são poluidores. A adoção de medidas de controle e de imposição de limites de lançamentos de gases poluidores não só aos países desenvolvidos, mas também aos países em desenvolvimento provocaria um efeito de distribuição de renda interna nestes últimos, tal como se verifica entre os países membros e não membros do Anexo I, via execução de projetos de MDL.
Outro aspecto a ser superado é quanto ao aprofundamento do estudo sobre o efeito estufa no meio urbano, preenchendo uma lacuna no debate sobre o tema. As cidades concentram atividades humanas em todos os ramos da economia e são o local de moradia de metade da população mundial e de oitenta por cento da população brasileira, constituindo-se numa das fontes de calor que contribuem para o aquecimento global. As metrópoles são fontes de calor antropogênico, com magnitude equivalente à radiação solar líquida na superfície terrestre, sobretudo as metrópoles norte-americanas, no período do inverno. Apesar disso, as cidades estão praticamente fora da discussão sobre o aquecimento global. Os fatores poluentes globais e sua relação com a produção e apropriação do espaço urbano, os espaços livres e as áreas verdes e com a melhoria da qualidade de vida, devem ser compreendidos para uma melhor formulação de estratégias de combate às mudanças climáticas.
Alguns Poderes Locais estão levando em conta a paisagem e arborização no planejamento e na gestão urbana. Os espaços públicos são articulados às áreas particulares que são destinadas ao comércio, à indústria e à moradia. Não se trata de privatizar o espaço público, mas de valorar a função social e ambiental da propriedade particular. Algumas cidades como Stuttgart, na Alemanha e Dayton, nos EUA, desenvolveram essa política e colhem resultados positivos com a melhoria da qualidade de vida de seus moradores. Aos Municípios, através das Prefeituras, incumbe a responsabilidade pelo desenvolvimento dessa estratégia de gestão urbana, para a qual, Goiânia possui um enorme potencial.
AS CIDADES E AS MUDANÇAS DO CLIMA GLOBAL
O aquecimento do planeta é um problema moderno e complexo, que envolve todos os países, entrelaçado com problemas sociais como pobreza, desenvolvimento econômico e crescimento demográfico. Em termos gerais, os processos de desenvolvimento não sustentáveis pressionam os recursos naturais, enquanto padrões não sustentáveis de produção e consumo, especialmente nos países desenvolvidos, rompem a capacidade de suporte e empobrecem os ecossistemas e, como externalidade negativa, socializam a poluição e intensificam a pobreza em outros países.
É uma necessidade crucial para o futuro da humanidade efetivar os acordos internacionais e metas quantitativas que visam limitar a emissão de gases poluentes na atmosfera e para combater as mudanças climáticas negativas. Em 1992, a maioria dos países aderiu à Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que estabeleceu estratégias globais para reduzir o aquecimento da temperatura atmosférica. Em 1997, os governos promoveram um adendo ao tratado de 92, com medidas mais restritivas e vínculos jurídicos que passaram a vigorar com a adesão de 50% mais um dos países desenvolvidos que mais poluem o planeta.
A principal causa do efeito estufa entre os países desenvolvidos – 1º Mundo – é a intensa industrialização e lançamento de gases de efeito-estufa, em decorrência de uma matriz energética centrada no petróleo, no carvão e na energia nuclear. Estas fontes energéticas são poluentes, finitas e não renováveis . Nos países em desenvolvimento – 2º Mundo – e nos que ainda são considerados atrasados, com pouco desenvolvimento econômico – 3º Mundo – os principais fatores de aquecimento são decorrentes do uso do solo, principalmente o desmatamento e as queimadas que lançam gases de efeito-estufa (GEE). No Brasil, de acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental de Controle do Clima da Organização das Nações Unidas (IPCC/ONU), 74% da emissão se deve ao desmatamento. Contudo, no nosso país assim como nos demais emergentes, como China, Índia e México, também ocorre significativo lançamento de gases estufa por diversas atividades industriais.
Vários são os gases lançados na atmosfera que causam aumento de temperatura, mas dois se destacam: o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). Ambos são gerados por fontes naturais e não naturais. Entrementes, a partir da revolução industrial, no século XIX, a concentração do metano sofreu um aumento de 100% e a do gás carbônico, de 33%. A conseqüência da poluição atmosférica é a de promover um acréscimo na temperatura média da atmosfera terrestre de 0,44ºC entre 1861 a 2004 e, na temperatura à superfície, de 0,7ºC desde 1900. A partir do início do atual milênio, dez dos dez anos mais quentes tem sido quase sempre o da última década.
As estratégias para o combate ao aquecimento global são estabelecidas no IPCC, com a participação de representantes governamentais e não governamentais, envolvendo as maiores autoridades técnicas e políticas do mundo sobre o assunto. No âmbito do protocolo de Kyoto foram instituídos instrumentos de MDL, a partir da concepção e execução de projetos que contribuam para o alcance das metas do milênio aplicadas ao controle do clima, como o desenvolvimento de atividades econômicas baseadas em fontes energéticas não poluentes e renováveis, na reciclagem de materiais e em processos de produção mais eficazes, menos poluentes e menos demandadores de energia. Às cidades estão reservadas importantes atribuições ao cumprimento desse desafio.
O PAPEL DAS ÁRVORES NO CONTROLE DA POLUIÇÃO URBANA
Um dos significados mais importantes da percepção ambiental se refere ao reconhecimento do efeito potencial da arborização no controle da poluição. A paisagem urbana deve ceder espaços para barreiras vegetais de arbustos, árvores e folhagens, e para as árvores nos bosques e parques, proporcionando a refração das ondas sonoras com o solo e a diminuição dos níveis de ruído. As cidades estão submetidas a pressões sonoras crescentes, de 1 a 3 decibéis (dB) por ano nas metrópoles, degradando a qualidade de vida. O estresse auditivo, mantido em níveis acima de 55 dB, se torna crônico, causando estresse degradativo do organismo, submetendo a população a maiores riscos de doenças degenerativas Diversos autores desenvolveram estudos evidenciando o benefício da arborização no controle da poluição atmosférica. Do ponto de vista econômico, pode reduzir significativamente os gastos financeiros necessários para amenizar as condições estressantes da vida urbana e proporcionar conforto ao ser humano. Pesquisa desenvolvida em Santiago do Chile calculou que as árvores e arbustos capturaram 7% das partículas poluentes do ar, no período 1997-98, reduzindo os gastos com saúde pública em 25 milhões de dólares.
O maior benefício é o efeito indireto sobre a energia e o gás carbônico, especialmente em regiões que dependem do uso do combustível fóssil para o esfriamento e aquecimento internos. Árvores localizadas estrategicamente ao redor de edifícios podem reduzir em até 50% o consumo de energia para a refrigeração dos ambientes internos. Em países de climas quentes, as árvores incrementam a taxa de ventilação natural no interior dos edifícios, reduzindo as necessidades de refrigeração. Em regiões mais frias, formam barreiras que evitam a pressão exercida pelos ventos frios diretamente sobre as edificações, diminuindo as necessidades de calefação. Outra forma de reduzir o consumo de energia das cidades é através do desenvolvimento de uma arquitetura baseada na climatização mais natural das edificações, harmonizando a iluminação de ambientes com o acondicionamento térmico apropriado.
O plantio de cem milhões de árvores nas proximidades das residências norte-americanas reduz o consumo de 22 bilhões de kwh de eletricidade, o que equivale a uma economia nacional de U$ 2,3 bilhões por ano e evita a emissão de 9 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Os materiais particulados, dispersos na atmosfera, podem ser reduzidos na ordem 18 a 180 kg, o que representa um valor anual de U$ 4,00 por árvore. O plantio de 500.000 árvores num subúrbio de Chicago com 23,2% de cobertura vegetal, apresenta uma relação custo - benefício de 2,6 e a taxa interna de retorno de 7,1 e um benefício diário de U$ 136 por 212 hectares de área arborizada. Cerca de 75% deste valor decorreu do efeito da vegetação na mitigação de particulados e outros 20% na de dióxido de nitrogênio.
As árvores amenizam o calor e melhoram o ar intra-urbano geral, enquanto elas próprias sofrem os efeitos contaminantes adversos. No pólo industrial de Cubatão (SP) foram identificados 38 famílias e 73 gêneros de plantas resistentes ou tolerantes à poluição atmosférica. A biofiltração da cobertura vegetal pode colaborar para reduzir os custos de implantação de equipamentos antipoluentes em distritos industriais. A vegetação possui capacidade de absorção e dispersão de fumaça e poeira, filtrando partículas em suspensão, além de eliminar muitos poluentes atmosféricos, como dióxido de enxofre, fluoreto de hidrogênio, óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos e foto-oxidantes, melhorando a qualidade do ar. O reconhecimento dos efeitos antipoluentes da arborização permitiu desenvolver o conceito da Biomassa como Agente Seqüestrador da Poluição, que se constitui num instrumento econômico de gestão ambiental urbana. Os benefícios financeiros podem ser gerados pela contribuição interna, da própria sociedade, como a contribuição de melhoria e também pela contribuição externa, por meio de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo que geram créditos de carbono, negociados nos Países industrializados.
O EFEITO REFRESCANTE DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO
No período do inverno intertropical, os cidadãos sofrem com baixas umidades relativas do ar, convivendo com um desconforto de “clima de deserto”. O nível de vapor d'água na atmosfera é determinado não só por fatores do clima, como a temperatura do ambiente, mas também pelas interações de fatores físicos e fisiológicos, incluindo vegetais e animais. Os fatores físicos (radiação, insolação, velocidade do vento, etc.) influenciam na condução e na convecção de calor sensível. Os fatores fisiológicos exercem controle na evaporação ou condensação de calor latente. Este representa o fluxo de energia consumido na mudança de fase da água, do estado líquido para vapor ou vice-versa. O fluxo é negativo quando a planta transpira, e positivo quando se condensa nas folhas das árvores no orvalho ou na geada.
No aspecto físico, a estrutura molecular do vapor d'água possui uma propriedade de forte interação com radiações eletromagnéticas emitidas por materiais existentes no ambiente. O vapor d'água, ao se movimentar com o ar, armazena e ameniza as trocas de energia, atuando com um equalizador. A quantidade de vapor d'água existente na atmosfera determina o ritmo da evapotranspiração das plantas. Tais processos ecofisiológicos propiciam benefícios ambientais que melhoram tanto o clima das imediações como as condições de vida em geral e humana em particular.
As maiores reações de transformação de energia da vida são as que envolvem a assimilação e a liberação do carbono na fotossíntese e na respiração. A única fonte de carbono assimilável pelas plantas é o gás carbônico atmosférico. Antes da revolução industrial e do efeito estufa, a concentração natural do gás carbônico no ar é de apenas 300 partes por milhão (ou 300 ppm). Esta concentração é menor do que a força que puxa vapor de água da planta para a atmosfera. A diferença de pressão exercida pelo gás carbônico e pela água sobre o tecido da folha e no ar circundante é responsável pela transpiração de mais ou menos 500 gramas de água para cada grama de carbono assimilado pelas plantas.
O efeito refrescante da evaporação é determinado pela quantidade de água evaporada pela planta, portanto, é proporcional à taxa de transpiração. A eficácia da taxa de transpiração aumenta com a elevação da temperatura do ar, com a redução da umidade relativa e com um bom suprimento de água. Se a transpiração é acelerada pelo vento, extrai-se tanto calor que as folhas podem se tornar mais frias que o ar. Uma taxa de 0,1 milímetro de água por hora remove calor da ordem de 70 watts por hora. O efeito refrescante corresponde, portanto, ao consumo de energia de uma lâmpada incandescente que, ao preço de R$ 0,25 por kwh, proporciona uma economia de R$ 93,75.
No balanço de radiação de uma árvore, de 10 a 25% da fração interceptada é refletida, e o restante, ou é absorvida pela árvore para fins de transpiração ou de fotossíntese, ou se transforma em calor aquecendo o ar circundante. Este aquecimento, no entanto, é pouco significativo, não chegando a afetar o efeito refrescante. Conclui-se que os revestimentos vegetais contribuem para o balanço energético e para o equilíbrio térmico do meio. A radiação líquida disponível é o resultado da soma do calor latente de evaporação, do calor sensível transportado da superfície e do fluxo de calor no solo. O calor sensível e o calor latente de evaporação são parâmetros difíceis de serem medidos, mas podem ser obtidos por extrapolação, através da razão entre os seus respectivos valores. Resulta um novo parâmetro, chamado razão de Bowen, que depende da densidade do revestimento vegetal e da disponibilidade de água. Nas imediações dos lagos ou das florestas, a energia proveniente dos raios solares é, em grande parte, consumida pela evaporação. Por outro lado, a drenagem das várzeas e o desmatamento do solo tornam a atmosfera rica em calor sensível e pobre em calor latente de vaporização, conseqüentemente, eleva-se a razão de Bowen.
Nas condições do cerrado essas questões são ainda mais complexas, pois as plantas lenhosas mantêm os estômatos abertos transpirando livremente, mesmo no período da seca, graças às suas raízes profundas que garantem o acesso à água. Com adequado suprimento hídrico no solo, uma árvore isolada pode transpirar 400 litros d’água por dia. Esse efeito térmico equivale ao funcionamento diário de cinco condicionadores de ar com capacidade de 2500 quilocalorias cada. Nas estações de pouca precipitação, as plantas interrompem o crescimento, evidenciando estresse hídrico moderado e redução da taxa de transpiração da ordem de 42%, quando a demanda evaporativa é elevada, principalmente pela resistência estomática do dossel. As espécies vegetais nativas, adaptadas fisiologicamente às variações climáticas e sazonais, contribuem para a manutenção do equilíbrio ecológico das bacias hidrográficas, conferindo sustentabilidade às atividades econômicas.
URBANIZAÇÃO E ÍNDICE DE ÁREA VERDE
As comemorações de eventos, como o dia da árvore, ilustram o avanço da consciência ambiental por parte dos cidadãos. Apesar disso, verifica-se a tendência de redução das áreas verdes urbanas disponíveis por habitante, isto é, do Índice de Área Verde (IAV). Na França, apenas 4 das 24 cidades com mais de cem mil habitantes dispõem de mais de 5 m²/hab. de espaço aberto público; 11 dispõem de 2 a 5 m² e 9 cidades, de menos de 2 m².
No Brasil, o IAV da cidade de Curitiba é de 50,15 m²/hab., sendo que a vegetação de áreas particulares joga um papel fundamental, graças a uma inteligente política de incentivo fiscal, que proporciona abatimento no imposto territorial urbano proporcionalmente à área do terreno que é mantida com cobertura vegetal pelo proprietário, podendo chegar a até 100% de isenção. Em Vitória (ES), o IAV é de 82,70 m²/hab., proporcionado em grande parte pelas Unidades de Conservação criadas nas encostas da Serra do Mar, que preserva importantes resquícios da formação vegetal da “Mata Atlântica”. Em Maringá (PR), o IAV é de 20,62 m²/hab., onde se destaca a categoria do verde de acompanhamento viário, com um exuberante programa de arborização de ruas e praças.
O IAV de Goiânia, em 2001, era de 100,25 m²/hab e, em 2008, de 94 m²/hab. Esta riqueza está submetida a permanente ameaça, pois o Índice de Dilapidação do Patrimônio Público é de 3,65% ao ano. Com isso, caso estas ameaças, representadas pela urbanização descontrolada não sejam contidas, o IAV de Goiânia poderá ser reduzido a 45 m²/hab em 15 anos.
A urbanização sem controle, ao desnudar e impermeabilizar o solo, causa uma série de impactos sobre a qualidade de vida dos cidadãos. As cidades apresentam várias alterações climáticas em relação ao entorno não urbanizado. A temperatura média anual é de 0,5 - 1,5ºC mais alta nas cidades; a umidade relativa é menor tanto no inverno (2%) como no verão (8-10%); as precipitações são, em média, 5-10% maiores; a média de vento é 10-30% de menor ocorrência; a poluição gasosa é 5-25% maior, com 10 vezes mais partículas sólidas em suspensão na atmosfera urbana do que na zona rural. Em Goiânia, constata-se o fenômeno da ilha de calor no centro da cidade, com temperaturas internas maiores do que na periferia. A ilha de calor é um fenômeno associado às ações antrópicas sobre o ambiente urbano, por meio do uso do solo, bem como aos condicionantes do meio físico e seus atributos geoecológicos. Em Londrina/PR constatou-se cientificamente que somente os setores dotados de áreas verdes e lagos ou de áreas rurais extensas no seu interior não apresentaram configurações de ilhas de calor no seu interior, comprovando que as ilhas térmicas se manifestam em áreas de densa urbanização e com extensas superfícies cobertas por asfalto.
A parte da energia solar que incide sobre um corpo não luminoso e que é devolvida para a atmosfera, por reflexão difusa, é chamada de albedo ou refletividade. Pesquisas realizadas em cidades com típico clima tropical, como em Rondonópolis, no Mato Grosso, comprovaram que o desmatamento e a impermeabilização do solo, sobretudo na área adensada central, causam uma brusca redução na capacidade de armazenamento d'água pelo solo urbano. A intensa radiação solar reinante nos trópicos determina condições de evaporação da água armazenada no solo urbano em pouco tempo (questão de horas) que, aliado ao rápido aquecimento, causa diminuição do consumo de calor latente (energia gasta na vaporização d'água). E, pelo fato de existir pouca vegetação, toda energia absorvida pela superfície impermeável junto à interface solo/atmosfera, transforma-se em calor sensível, aumentando a temperatura intra-urbana e o desconforto ambiental.
A arborização urbana contribui para a preservação e melhoria da qualidade ambiental das cidades através da função fisiológica, relacionada a melhoria das condições do solo, regularização do ciclo hidrológico, moderação dos extremos climáticos, sobrevivência da fauna e redução dos níveis de poluição atmosférica., bem como da função psicológica, exercida na quebra da monotonia das cidades, na mudança do horizonte e na manifestação de um ritmo natural, com cores relaxantes, possibilitando a renovação espiritual. O conforto que envolve as respostas aos sentidos de audição, visão, olfato, paladar, tato, equilíbrio, calor e frio, estão relacionados a estímulos do ambiente e associados à cobertura vegetal do solo urbano. A sensação de conforto ou desconforto representa a integração de respostas dos nossos sentidos a estes estímulos e decorre da vegetação que, quando adequadamente presente, atenua os estímulos intensos e dominantes de propagação e percepção do calor ou do frio, dos sons e da luz, portanto, dos confortos térmicos, acústicos e lumínicos.
COMEMORAÇÃO À ÁRVORE E SEUS SIGNIFICADOS
A data de 21 de setembro é comemorativa ao dia da árvore. Nesta ocasião, geralmente a atenção se voltada para a árvore no contexto dos biomas nacionais - amazônico, atlântico ou do cerrado. E isto, sem dúvida, é importante, dado o processo de extinção dos ecossistemas e das espécies da fauna e da flora em particular. Entrementes, pouco se fala da árvore e sua importância no ecossistema urbano. Nas cidades, o desenvolvimento do tema nos remete à associação entre os termos arborização urbana e qualidade de vida. Para o entendimento do assunto, é preciso compreender e destacar o significado da árvore na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
A abordagem holística é a mais adequada ao estudo da relação Homem - Natureza, cuja dinâmica envolve os aspectos físicos, bióticos, sociais e culturais do ambiente. A Ecologia Urbana é um ramo da Ecologia Humana, cujo objeto de estudo é o ecossistema urbano, que pode ser definido como um espaço limitado e densamente povoado. A estabilidade dos ecossistemas naturais aumenta com o crescimento da sua complexidade. Ao contrário dos ambientes naturais, as cidades – ambientes com crescentes elementos artificiais e decrescentes elementos naturais – possuem uma tendência oposta, o que as tornam mais frágeis e passíveis de perda do equilíbrio. Os aglomerados urbanos apresentam um metabolismo muito mais intenso por unidade de área quando comparados com os ecossistemas naturais, exigindo um influxo maior de energia, e uma grande necessidade de entrada de materiais e de saída de resíduos.
As relações do homem com a natureza tornaram-se mais complexas com o surgimento dos aglomerados urbanos. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) fez o alerta: as cidades dos países industrializados exercem uma pressão muito séria sobre o ecossistema global, ao passo que as cidades dos países não industrializados necessitam de mais matéria-prima, energia e desenvolvimento econômico para superar seus problemas econômicos e sociais básicos, cujas condições vêm se deteriorando, sobretudo em decorrência do baixo volume de investimentos no setor. A infra-estrutura inadequada repercute sobre aspectos socioambientais, privando os cidadãos de lazer e cultura, de acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2001, do IBGE.
Uma das estratégias para frear o "caos urbano" é a adoção do conceito de qualidade ambiental, que se relaciona ao estado de boa qualidade dos ecossistemas, visando alcançar o bem estar de uma população. A qualidade de vida urbana requer a satisfação das necessidades econômicas, liberdades civis, direitos humanos e justiça, mas também da qualidade ambiental, que engloba, dentre outros, ar puro, água limpa, saúde e lazer.
O saneamento ambiental, no meio urbano, está relacionado à arborização através da possibilidade de controle das atividades e da dinâmica de produção, consumo e disposição final do lixo, do esgoto, da drenagem e da poluição do ar, objetivando melhorar a eficiência do sistema de “digestão urbana”, com redução da geração de resíduos e de entrada de materiais, de energia e outros insumos consumidos pelo ecossistema urbano.
A arborização urbana é um conjunto de áreas públicas e privadas com vegetação natural. A compreensão deste termo requer a conceituação de outros a ele correlacionados, quais sejam os de espaços livres, áreas verdes, árvores de rua e índice de área verde. Os espaços livres são espaços não edificados, com potencial para se transformarem em áreas verdes. As áreas verdes, por sua vez, constituem-se de um conjunto de áreas públicas ou privadas do espaço urbano, onde há a predominância da vegetação natural ou não, respectivamente implantada através do florestamento (processo natural) ou do reflorestamento (processo antrópico) urbano.
Já as árvores de rua constituem-se de um conjunto de exemplares arbóreos, arbustivos ou rasteiros, existente nas ilhas, calçadas, rotatórias, praças ou outros espaços livres do sistema viário urbano. As áreas verdes jogam um papel importante na melhoria da qualidade de vida urbana. Elas constituem-se num indicador ambiental, calculado através do Índice de Área Verde (IAV). O IAV fornece a quantidade de área verde, em metros quadrados, disponível para cada habitante de uma cidade.
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Comentários sobre esta matéria:
(16) Suely Assis (sindegturgoias@yahoo.com.br via e-mail, Opinião do Leitor, p.6, domingo, 9/11/2008, Diário da Manhã)
Turismo ecológico
Ao ler todos os artigos sobre meio ambiente urbano, de autoria do articulista Osmar Pires, publicados neste conceituado jornal, eu tenho certeza que encontramos um forte parceiro, pois temos procurado incansavelmente orientações para a categoria de Guias de Turismo do Estado de Goiás.
É urgentíssimo que nossa categoria seja atualizada e que esteja preparada para receber turistas de outros estados e outros países. Com certeza, estamos deixando a desejar. Como se sabe, os turistas estão chegando à nossa bela cidade todos finais de semana e até todos os dias e o tema Ecologia e Arborização Urbana não é explorado pelo nosso segmento.
Quando saímos do curso nacional há 8 anos e há 3 anos também o regional, pouco se falou nesse tema, a relação entre parques, árvores, ar puro e a qualificação das cidades. Temos urgência em nos capacitar, pois Goiânia ainda está fora do mapa brasileiro do turismo.
Os turistas de outros estados e municípios, como estudantes de escolas que chegam à Goiânia para fazer trabalho de campo, ficam deslumbrados com tantos parques, nascentes de águas, arborização, ruas amplas etc. O trabalho educativo realizado pelo autor contribui para o aprimoramento do turismo ecológico em nossa City Tour, preparando-a como destino capaz de encher de encanto os olhos de nossos visitantes.
Suely Assis – Presidente do Sindicato de Guias de Turismo do Estado de Goiás (SINDEGTUR-GO).
(15) Paulo Morais (moraispaulo55@hotmail.com sábado, 8/11/2008 13:48)
O autor vem obtendo boa repercussão, conseguiu atingir os objetivos, entre os quais de abrir o debate sobre o turismo sustentável e de que Goiânia precisa avançar implantando equipamentos de lazer para a população local e para os turistas de maneira responsável e sustentável, mas viáveis economicamente.
O secretário de Turismo encontra-se em Barcelona, onde apresenta projetos sustentáveis para Goiânia, obtendo-se resultados extremamente proveitosos e surpreendentes. Pela receptividade encontrada, sinaliza-se que a linha de trabalho adotada até agora está correta, conforme nos expõe a presidenta do SINDEGTUR, Suely Assis, reforçando a linha de trabalho adotada.
Paulo Morais – engenheiro, assessor do secretário Euler Morais de Turismo de Goiânia.
(14) Adelício Ala de Oliveira (adelicioala@hotmail.com sábado, 8/11/2008 10:50 e sexta-feira, 17/10/2008 10:00 e domingo, 05/10/2008 21:43)
Leitura estimulante. Parabéns ao autor pelos artigos sobre o papel das árvores no controle da poluição urbana com informações a respeito dos significados da arborização para a melhoria da qualidade de vida urbana. A esse respeito, cabe levanta a questão relacionando carros e árvores. Informações dão conta de que a frota de veículos nas metrópoles aumenta dia-a-dia. Como lidar com a poluição, calor, ruídos, fobias e estresse provocados pelos automóveis. O impacto é grande. Como as árvores contribuem para minimizar esse impacto?
Adelício Ala de Oliveira – especializando em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental pelas Faculdades Osvaldo Cruz/Instituto de Pós-Graduação.
(13) Euler Amorim (e.amorim@uol.com.br sábado, 8/11/2008 07:17 e quinta-feira, 25/9/2008 15:18)
Parabéns ao articulista pelos artigos e aos comentaristas pelos ótimos comentários, que corroboram a assertiva do autor. O assunto tratado requer perseverança, pois interesses escusos e egoístas poderão sobrepor à real situação de nosso planeta. Goiânia tem de ser exemplo. Então, para nosso bem, continue firme. Nós o seguimos.
A propósito, na Rua 105, esquina com Av. Cora Coralina, Setor Sul, há uma árvore que teima em crescer, mas tem alguém que a corta para não atrapalhar o outdoor da banda Calypso. Nela consta a inscrição: "PENA DE MORTE - esta árvore está sendo executada aos poucos para não atrapalhar o outdoor".
E ainda: a calçada da avenida em frente à Universidade Salgado de Oliveira (Universo) está sem uma vaga sequer para uma árvore.
Euler Amorim – Goiânia/GO.
(12) Francisco de Assis Mendonça (chico@ufpr.br quinta-feira, 6/11/2008 16:44)
Parabéns ao autor pelo texto acima... Percebo que a tese de doutoramento que desenvolve na UFG está em curso de elaboração, e que promete muito! Sucesso.
Francisco Mendonça – Professor, Doutor, Coordenador do Programa de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR.
(11) Placidina Lemes Siqueira (placidinasiqueira@hotmail.com sexta-feira, 17/10/2008 10:09)
Obrigada ao articulista Osmar Pires pelo carinho com nossos pulmões, como se revela na crônica “O papel das arvores no controle da poluição nas cidades”, publicada hoje pelo DM; linda.
Placidina Lemes – Professora da UEG, especialista em Língua Portuguesa, membro da UBE-GO e da UBE-SC, bem como da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás.
(10) William Jose Pereira (contato@florescomserenata.com.br segunda-feira, 13/10/2008 01:01)
Grande Osmar Pires! Parabéns e obrigado pelos artigos que escreve no Diário da Manhã. Gosto muito de ler todos!
William José – cantor do canto Flores com Serenata.
(9) Zeneida Abott (zeneida_zefa@yahoo.com.br quinta-feira, 09/10/2008 14:11)
Parabéns, ao autor por mais esse artigo sobre arborização urbana. Com a devida autorização, vou encaminhá-lo para publicação no Diário Popular da minha cidade. Parabéns mais uma vez.
Zeneida Abott – Pelotas/RS.
(8) Fabrício de Carvalho Honório (fabricio@fabricio.eng.br quinta-feira, 09/10/2008 9:35)
Parabenizo o editor do Diário da Manhã pela publicação da série de artigos de autoria do professor Osmar Pires sobre arborização urbana. Os textos são sempre bem vindos! Costumo copiá-los do site do DM e arquivar numa pasta do Word, para futuras consultas.
Fabrício de Carvalho – Eng. Agrônomo, inspetor do CREA-GO em Luziânia e Cristalina.
(7) Jair Maranhão Costa (maranhaocosta@hotmail.com segunda-feira, 06/10/2008 10:32)
Prof. Osmar, li e considero muito bom seu artigo sobre arborização e qualidade de vida, em comemoração ao dia da árvore.
Jair Maranhão – Pós-Graduando em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental.
(6) Leda Selma (poetaledaselma@hotmail.com domingo, 05/10/2008 18:53)
Pois é, o autor, como sempre, contribuindo de forma valiosa para a preservação da saúde ambiental, disseminando informações que, por certo, tocarão a consciência ecológica inerte daqueles que, por um ou outro motivo, são omissos ou alienados em relação a um tema vital.
O espaço do autor no DM é muito bem aproveitado e já se tornou de utilidade pública. Parabéns!
Lêda Selma – escritora, membro da União Brasileira dos Escritores (UBE-GO).
(5) Ângelo Rigon (angelorigon@gmail.com via e-mail, Opinião do Leitor, p. 6, 4/10/08, Diário da Manhã,)
Todos de Maringá deveriam ler o artigo do professor Osmar Pires sobre árvores e qualidade de vida. Ele é de Goiânia, cidade que tem cinco vezes mais área verde por habitante que Maringá, dá exemplo quando o assunto é meio ambiente. Aqui, do jeito que estamos indo, com farmácias, estacionamentos e amigos do rei fazendo a festa, a tendência é piorar.
O artigo foi publicado na edição de hoje do Diário da Manhã e está disponível no Blog do Rigon, no endereço:<http://angelorigon.blogspot.com/2008/10/rvores-e-qualidade-de-vida.html>.
Ângelo Rigon – Maringá/PR.
(4) Iracema Dantas (echiquefalarportugues@hotmail.com quinta-feira, 02/10/2008 10:55)
Prof. Osmar, excelente artigo sobre os significados da arborização urbana (II). Li-o no DM, hoje bem cedinho. Parabéns!
Toda vez que nós matamos uma flor,Iracema Dantas – professora e poetisa, Goiânia/GO.
Secamos um rio,
Derrubamos uma
árvore,
A Humanidade morre um pouco.
(3) Havita Rigamonti (havitavideo@yahoo.com.br quinta-feira, 25/9/2008 18:05)
Olá, Osmar. Em relação ao artigo sobre os significados da comemoração ao dia da árvore, manifesto que dá gosto ler obras coerentes, modernas e verdadeiras, sem as circularidades da esmagadora maioria.
A propósito, registro que pouco tempo depois de assumir o ministério [do Meio Ambiente], o Carlos Minc esbravejou dizendo que havia diminuído consideravelmente o desmatamento na Amazônia, que estava tudo sob controle. Mágico ou surreal? De repente, diminuiu o desflorestamento, do nada, em poucos dias? Agora, poucos dias depois ele diz que a Amazônia esta sendo totalmente queimada. Ué!. E nós, somos obrigados a pagar o salário deste e de outros personagens da política brasileira?
Abração do Havita Rigamonti – documentários de natureza – www.havitarigamonti.blogspot.com.
(2) José Luiz Bittencourt (bitt85@gmail.com quinta-feira, 25/9/2008 11:42)
Quero felicitar o articulista Osmar Pires pelo que escreve sobre a ecologia no DM. Acompanho com muito interesse a sua atividade na imprensa em defesa do meio ambiente. Seu nobre objetivo alcança repercussão entre aqueles que abraçam a causa da preservação de nossa natureza. Parabéns!
José Luiz Bittencourt (in memoriam) – foi articulista do DM, membro da Academia Goiana de Letras, deputado e vice-governador de Goiás.
(1) Flávio Aguiar (flavio.aguiar@brasilata.ind.br quinta-feira, 25/9/2008 08:53)
Muito me orgulho em ler os textos do Prof. Osmar Pires que, com a autorização do autor, são afixados no mural de informações da empresa Brasilata, onde trabalho.
Flávio Aguiar – Pós-Graduando em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental pelo IPOG.
1 Comments:
AMIGOS!ESTOU TRAZENDO O CINEMA DE BOLLYWOOD PARA O BRASIL ATRAVÉS DA INTERNET JUNTO COM MEUS AMIGOS INDIANOS,PESQUISEM NO GOOGLE MEUS LINKS PARA VOCES CONHECEREM OK?
LUIZA GOIANAPOLIS-GO BRASIL - BOLLYWOOD
www.bollywoodwiki.info
Luiza Cabeleireira Luiza LUIZA GOIANAPOLIS's Url
http://mypage5.com/p.php?u=u
BOLLYWOOD É UMA INDÚSTRIA DA ÍNDIA MUITO RICA. PRODUTORA DE MÚSICAS ,FILMES ,RECADOS PARA ORKUT...
VAI COLOCANDO ESSES NOMES QUE ESTÃO AÍ EMBAIXO E PESQUISANDO NO GOOGLE OK?:
GOIANÁPOLIS LUIZA CABELEIREIRA
luizacabeleireira2009@hotmail.com
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LUIZA CABELEIREIRA
luizacabeleireira@yahoo.com
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AS PÁGINAS ESTAO PUBLICADAS PARA A CIDADE DE GOIANÁPOLIS EM INGLES . VOCE VAI CONHECER MUITOS ATORES E ATRIZES FAMOSOS E LINDOS, ENCONTRAR MUITA MUSICA E MUITO MAIS ...
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