MORO BEBE DO PRÓPRIO VENENO!
Quando era o todo-podroso juiz da Lava Jato, Sérgio Moro jogou o peso do Estado contra quem ele escolheu a dedo. Articulou apoio de parte do sistema de justiça (MPF, MPE, TRF-4, STJ, Polícia Federal) e de agentes estatais da Receita Federal, CGU e TCU para os seus fins políticos persecutórios.
A 13ª Vara Federal de Curitiba foi instauráda inconstitucionalmente, com estranho beneplácito do Supremo Tribunal Federal - STF como tribunal de exceção - ex-post facto - e o seu titular Sérgio Moro exerceu o juízo universal de exceção, parcial e impedido, em afronta aos princípios constitucionais da competência, da hierarquia e da equidade do poder judiciário.A grande mídia criou na sociedade o clima de culpabilidade dos acusados; forjou um Tribunal da Opinião Pública para formar a presunção de culpa dos alvos adredemente escolhidos - sempre dirigentes e apoiadores dos governos Lula e Dilma. A "opiniao publicada" na mídia comercial monopolista foi estratégica para esmagar e destruiur a reputação do inimigo selecionado.
Toda sorte de arbitrariedade era celebrada como "combate aos corruptos": excesso de acusação, sequestro de bens, bloqueio de salários, exoneração, extorsão, expropriação, falsificação de provas, tortura psicológica, financeira e moral, acusação, julgamento e condenação sem provas, bastando a convicção.
Ilegalidades foram festejadas como supostas inovações na "luta contra o crime" - condução coercitiva, prisão provisória ou temporária por anos a fio para arrancar delações em troca de benefícios imorais a favor do delator e para satisfação do acusador. O devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e os direitos humanos fundamentais foram tripudiados, manipulados ou triturados.
Numa sequência planejada, a Lava Jato começou pelos alvos menos conhecidos e sem mandatos eletivos que integravam o governo de democracia popular ou "de esquerda" como Pizollato, Vaccari e Delúbio. Depois, chegou aos deputados federais João Paulo Cunha, Genoíno e José Dirceu, este preso provisoriamente por tempo indeterminado sem qualquer indiciamento formal como "O Chefe"...
Moro contribuiu para derrubar a primeira mulher na presidência do Brasil - Dilma, deposta inconstitucionalmente - e, finalmente, afastou da eleição e prendeu ilegalmente Lula - o grande troféu, conduzido à "Chefe da Quadrilha que Roubou o Brasil". A grande mídia não só torcia ou aplaudia; foi parte do Lawfare.
O Estado jogou a máquina contra os petistas e aliados: operações espetaculares, prisões preventivas duradouras, delações premiadas escandalosas...
Moro fez tudo isso em troca do cargo de Ministro da Justiça do governo neofascista que ajudou a eleger e da promessa de indicação para o STF.
Depois de 16 meses no (des)governo que criou, cúmplice da liquidação do Pre Sal, da extinção da previdência, da CLT, dos cortes de gastos para saúde, educação e pesquisa, do desmonte do Estado, da privatização e do entreguismo, do desemprego, do crime organizado e da familícia, foi colocado para fora como um párea.
Agora, reclama da "disparidade de armas" entre acusação e defesa. Moro sente na pele a dor de enfrentar o peso de uma máquina estatal persecutória desumana e neofascista que ele mesmo ajudou a montar.
QUAL A LIÇÃO?
A lição que se tira disso tudo: Moro encarna o Lawfare, que é o uso estratégico do Direito para fins políticos, comerciais e geopolíticos. Bolsonaro é sua cria; que o criador a embale.
A grande mídia é a parteira de um presidente direitista e um governo monstrengo gerado nos calabouços da "República de Curitiba" - QG do Lawfare.
A direita em frangalhos, incompetente, irresponsável e suporte do desgoverno, se aproveita do isolamento social, do desespero ante a pandemia, das hordas dos flagelados pelo desemprego e pela fome para impor sua política de retrocesso, dilapidação do patrimônio nacional e entreguismo.
PERSPECTIVA
Diante do exposto, a conclusão inevitável é que só o "povo nas ruas" é capaz de dar um rumo à atual crise política. É preciso reinventar a política, criar novos canais de manifestação, chamar os partidos democráticos e de esquerda para a luta em novos campos de batalha.
Forjar a união na luta de todos os setores e segmentos sociais atingidos pelo desgoverno. A estratégia é derrotar a direita e o militarismo bolsonariano, neutralizar a grande mídia e isolar o centrão fisiológico e golpista.
Levantar a bandeira fora Bozo não basta; é preciso que vá junto Moro e Mourão! Redobrar os cuidados com a falsa oposição de Maia, Dória, Witzel, Caiado, Mandetta et caterva.
A verdadeira oposição democrática e popular passa pelos partidos de esquerda, movimentos sociais, cidadãos conscientes e "mobilizados".
O desafio prioritário do Brasil é vencer a pandemia do vírus e da desigualdade socioeconômica com inclusão dos milhões de marginalizados - pretos, pobres e periféricos.
O norte da luta é o avanço da democracia e do marco civilizatório brasileiro.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home