QUESTÕES CONTRADITÓRIAS SOBRE A CANDIDATURA LULA
Marcos Coimbra, escreveu sobre a candidatura Lula e a estratégia do PT para as eleições presidenciais 2018.
UM PREÂMBULO NECESSÁRIO
Em 2018, tenho Lula como candidato e quero votar nele para derrotar o golpe de 16 de abril de 2016; para retomar a normalidade democrática; revogar as medidas de retrocesso e restabelecer a CLT, o direito previdenciário; para encerrar a longa noite negra do Estado Policial instaurado pela Lava Jato no Tribunal de Exceção de Curitiba; restabelecer o Estado Democrático de Direito.
Sobretudo, quero votar no Lula para retomar o desenvolvimento sustentável e soberano do país; a geração de empregos; a retomada do investimento em infraestrutura, mobilidade urbana; priorizar investimentos em saúde, educação, saneamento ambiental etc.
Ocorre que o golpe parlamentar-midiático-judiciário que destituiu a presidente Dilma, se realizou sob a estratégia da Lava Jato, que se baseia no lawfare, uma ferramenta do Juidiácio para perseguir, acusar, julgar e prender o adversário, desde Silvinho, Pizzolato, Delúbio, Paulo, Vaccari, Genoíno, João Paulo, Pallocci, Dirceu e Lula.
Em perspectiva, uma eleição presidencial fraudulenta se apresenta no horizonte como corolário do processo comandado pelas forças golpistas.
RAZÕES IRREMEDIAVELMENTE CONTRADITÓRIAS
i) "apostar na legalidade e ver aonde isso nos leva" é obviamente antagônico com
ii) "respeito que o PT e Lula têm por seu ativo fundamental, a vasta parcela da população que representam".
As duas razões acima encerram em si uma contradição antagônica, irreconciliável, porque uma anula a outra. Acreditar na "legalidade da candidatura" é lançar tal candidatura à arena dos leões, para ser impugnada por um Judiciário tendencioso e partidário.
O TSE e o STF são parte de um judiciário que aceitou acusação improcedente contra Lula - desde "O Chefe" da corrupção nacional, apresentada no PowerPoint do acusador, até a atribuição da propriedade de um triplex, pelo juiz-acusador, sem vínculo algum com ato de ofício na Petrobras, condenou sem prova.
Este judiciário tendencioso negou todos os recursos da defesa de Lula, julgou e prendeu o réu apressadamente dentro de um calendário estritamente eleitoral.
Como se não bastasse, manobrou às claras, sob os olhares atônitos da sociedade, para denegar o habeas corpus impetrado pelo réu, autorizando a decretação da sua prisão antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, em clara afronta ao art. 5°, LVII, da CF.
Assim, não é difícil responder a pergunta de Marcos Coimbra: "que pretexto inventarão para negar o registro?"
Qualquer pretexto será usado para negar o registro da candidatura de Lula, tal como tem sido feito desde o mensalão - teoria do domínio do fato para condenar sem prova, passando pelo impeachment - destituição da presidente sem crime de responsabilidade com base em pedaladas fiscais, até os casos do petrolão.
Os casos julgados por um Judiciário, a partir de juízo e tribunal de exceção, contraria o art. 5°, XXXVII, da CF. O judiciário é arma da direita para perseguir, acusar, julgar, condenar, destituir, prender e aniquilar o inimigo político.
Por este motivo, a primeira razão - "apostar na legalidade", sabendo-se de antemão da alta previsibilidade "aonde isso nos leva", encerra inconsequência política com o futuro do país e, portanto, desrespeito ao eleitorado de Lula!
GOLPE MORTAL NO ADVERSÁRIO GOLPISTA
Diante desse quadro, creio que, como estratégia, a candidatura de Lula encerra enorme potencial de aglutinação com as cadidaturas anti-golpe do campo progressista, democrático e popular.
A avaliação "de onde isso nos leva" certamente está sendo feita pelos dirigentes do PT, no lançamento do Programa Lula, objetivando aglutinar as forças de transformação social do campo progressista, democrático e popular.
Entrementes, também deverão ser consideradas as alianças táticas e estratégicas, que devem ser desenvolvidas no momento oportuno para desferir o golpe mortal no adversário golpista!
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