Em julho de 2008, a investigação da Polícia Federal - PF sobre o men$alão descobriu que o banqueiro Daniel Danta$, do Banco Opportunity, era a principal fonte do esquema de corrupção.
O mesmo banqueiro que no governo FHC arrematou as estatais Brasil Telecom, Telemig e Amazonia Telecom e cuja irmã é sócia da filha de Jo$é $erra, então titular do ministério que coordenou o programa de privatização do governo federal.
As investigações apontaram que essas empresas de telefonia injetaram R$ 127 milhões nas contas da DNA Propaganda, administrada por Marco$ Valério, e que alimentava o Valerioduto, esquema de pagamento ilegal a parlamentares – o “mensalão tucano” ou mensalão verdadeiro, autêntico ou original.
A PF chegou a essa conclusão após a Justiça a autorização da quebra de sigilo do computador central do Banco Opportunity, o que permitiu acesso aos dados da movimentação bancária ligada ao esquema investigado.
Os fatos acima, aos ouvidos da opinião pública, causam estranheza: – ora, o mensalão envolve o PT, tanto que está em julgamento no STJ o processo que acusa a “máfia petralha”, amplamente divulgada como o caso “Ali Babá e os 40 ladrões petistas”.
Realmente é estranho. A PF comprova que Daniel Danta$ é o principal financiar do esquema do men$alão, mas o processo no STJ arrola no pólo passivo só pessoas ligadas ao governo Lula.
É lógico conjecturar que tais réus deram continuidade ao mensalão original, numa versão “mensalão-cover”. Este fato deve ser investigado e os responsáveis punidos no devido processo legal.
Estratagema diversionista da ‘ligação direta’
No entanto, não deve esquecer-se dos envolvidos no "mensalão-original", cuja fonte de financiamento, claramente identificada, nos leva a pessoas que praticaram atos por todos conhecidos como suspeitos, dignos de serem investigados e os responsáveis indiciados, arrolados como réus e condenados no devido processo de julgamento.
Nessa linha, a lógica processual exige a adequada e fundamental identificação da fonte de financiamento do “mensalão-cover”, pois não é possível supor que Daniel Danta$ seja financiador das “maracutaias do PT”, nem que mantenha alguma relação com os personagens arrolados como réus no processo do STJ.
Ao que se assiste estupefato é a apresentação de uma peça de teatro cujo enredo e atores só tem um objetivo: esconder da platéia o verdadeiro esquema de financiamento do escândalo de corrupção chamado mensalão e os agentes operadores, beneficiadores e beneficiados de um fluxo bilionário e ilegal de recursos públicos.
Os grandes meios de comunicação jogaram a responsabilidade do escândalo sobre o colo de agentes públicos sucessores dos que criaram, operaram e se locupletaram do maior esquema de corrupção jamais visto numa República Democrática, por meio do estratagema primário da "ligação direta" entre “mensalão" e "pagamento de propina” a parlamentares para votarem a favor do governo no Congresso Nacional.
Para justificar a manobra diversionista, a mídia monopolista elevou às alturas o nível do som para falar sobre o numerário encontrado na cueca do amigo do irmão do deputado Genoíno; os recursos desviados em ‘esquemas’ como o da ‘tapioca’ ou ‘recebidos na garagem’ pelo ex-ministro do Esporte Orlando Silva; ou ainda sobre os desvios de Ereneci Guerra, ex-assessora da então ministra da Casa Civil que hoje é presidenta da República.
A grande mídia confunde a opinião pública quando amplifica fatos em desproporção ao seu real significado. Ou quando simplesmente desvirtua os fatos.
Um exemplo basta: a tentativa frustrada dos ‘aloprados do PT’ de comprar um “dossiê contra Serra” foi amplificada no noticiário da mídia para esconder o fato real, digno de investigação, qual seja, a entrega das ambulâncias superfaturadas no galpão da Planam em Cuiabá!
O então ministro da Saúde de FHC, José $erra, foi flagrado em vídeo que circula na blogosfera, entregando ambulâncias a prefeitos, ao lado dos donos da empresa beneficiária dos recursos da União na alienação superfaturada de ambulâncias.
Mas a mídia tradicional não investigou e nem repercutiu a denúncia, preferindo transformá-la em mais um “escândalo do governo Lula”.
O ventríloquo, o PiG e a direita nacional
Essa mídia, constituída pelos barões de cinco famílias que monopolizam a comunicação no País, é o ventríloquo que repercute o interesse da direita nacional, que atua para desestabilizar toda e qualquer organização ou instituição que a contrarie, sendo por isso, chamada de partido da imprensa golpista – PiG.
No balanço do ano que se encerra e nas perspectivas de 2012 o PiG omite da população brasileira fatos de grande relevância:
i) A abertura da CPI para investigar a privataria ocorrida no governo FHC/$erra requerida por 206 parlamentares no Congresso Nacional;
ii) O fenômeno editorial A Privataria Tucana, livro-reportagem do premiado jornalista Amaury Ribeiro Jr., que desvenda, com base em documentos oficiais, os meandros da privatização durante um governo de perfil muito diferente do que comanda os destinos do País após 2002.
A abertura de uma CPI sobre assunto tão explosivo interessa à comunicação social de qualquer país democrático, em face das repercussões institucionais, políticas e jurídicas.
O livro expõe as entranhas do entreguismo e da relação carnal entre aqueles que mandaram no País durante uma década e o grande capital brasileiro e estrangeiro, descreve fatos e assaltos ao erário que eram conhecidos, mas não suficientemente documentados.
A dilapidação e apropriação do patrimônio público se deram numa escala jamais vista em toda a história da república, envolvendo cifras de bilhões de dólares.
A partir da linha investigativa do livro de Amaury, a CPI explicitará as relações íntimas entre os grandes barões da mídia, que tiveram dívidas perdoadas depois das privatizações e continuam recebendo milhões de recursos públicos nos desgovernos que ainda infelicitam a população de alguns estados da federação brasileira.
A oposição ao governo Lula e Dilma levantou a bandeira do “combate à corrupção” como verdadeira arma de ataque aos governos de democracia popular.
A estratégia esconde a falta de proposta para o País e revela uma orquestração vergonhosa com a velha mídia: as denúncias publicadas nas páginas de Veja, Globo, Estadão ou Folha ganham repercussão imediata no Congresso Nacional; os políticos direitistas e conservadores fazem pronunciamentos e tomam iniciativas, que são imediatamente amplificados nas páginas do PiG.
Flagrante, em banheiro público: relação promíscua entre o PiG e a Privataria Tucana
Por outro lado, se ocorre um episódio inesperado contrário ao interesse estabelecido na perniciosa relação entre mídia e poder político corrupto, então, a informação será sonegada à opinião pública, nem sequer numa nota de rodapé será veiculada!
De acordo com escritor português do século XIX, Camilo Castelo Branco, o estrondoso silêncio do PiG sobre a CPI, o livro de Amaury, os documentos oficiais e as inúmeras pistas de pautas intrigantes ali contidas equivale a uma confissão de conluio com o malfeito, para dizer o mínimo.
A suspeita de conluio com o malfeito se materializou durante os festejos de natal e ano novo, quando a nação brasileira foi surpreendida por fato estarrecedor, consistente em flagrante ato de promiscuidade, praticado em pleno banheiro público, entre o PiG e a Privataria Tucana.
O estrondoso silêncio do PiG sobre o livro A Privataria Tucana e a CPI da Privataria revela-se como uma confissão de que o mensalão original é uma criação genuinamente tucana, com o objetivo de comprar os votos de parlamentares para aprovação da PEC da Reeleição do FHC.
Agora, o "mensalão do PT" é um cover, uma armação tucana contra o PT, uma obra de política estratégica, baseada em refinado e contraditório jogo de contrainformação, visando:
i) Esconder os malfeitos dos malfeitores demo-tucanos na ultrapassagem das águas revoltas e tempestuosas de um período no qual o "inculto povo" não digeriu a onda NEOLIBERAL da privatização tucana.
ii) Proteger os ex-comandantes de uma nau que, por um descuido incompreensível, se desgovernou e foi parar nas mãos de novos comandantes, pessoas 'despreparadas' que estavam no porão e que para lá deverão ser mandadas de volta.
iii) E, sobretudo, esconder nos Paraísos Fiscais, em operações de lavagem e de internação 'legal' os BILHÕES DE DÓLARES da Privataria Tucana, iniciada na quebradeira do BANESTADO e continuada na liquidação das ESTATAIS MAIS RICAS do mundo.
A promíscua relação entre o PiG e os Privatas Tucanos consiste na elaboração e no desenvolvimento do estratagema de jogar no colo dos inesperados novos comandantes os defeitos da velha nau; torcer por tempestades, tormentas, furacões; pedir ajuda ao Sr. dos Mares Internacionais por Crises Globais do Capitalismo para Comprovar a Incompetência dos Atuais Comandantes; e, de jogar a tripulação contra o comando.
Sintomático deste quadro é ver que os dois personagens da denúncia do "mensalão do PT" são os deputados federais Roberto Jefferson – PTB, Collor, FHC – e José Dirceu – PT, ex-guerrilheiro: o primeiro foi cassado por não apresentar prova da denúncia que apresentou – quebra do decoro parlamentar – e, o segundo, foi cassado como bode expiatório, sem nenhuma prova de seu envolvimento, mas com base apenas em hipóteses, conjecturas e matérias de jornais cumpliciados aos privatas.
1 Comments:
Daniel Dantas é o mesmo da Telemar onde o Ronaldinho de Lula, o Lulinha, ex cuidador de animais, fez fortuna?
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