A PERSPECTIVA DE 2º TURNO ENTRE OS CANDIDATOS QUE LIDERAM AS PESQUISAS PARA PRESIDENTE EM 2018 E A IDEOLOGIA DOS SEUS ELEITORES

Osmar Pires Martins Junior - D.Sc., M.Sc., B.Sc.

Pesquisa realizada por XP Investimentos, registrada no TSE, contratada pelo Instituto IBESP e publicada no dia 25 de maio de 2018 pelo site de notícia Infomoney, produz informações que permitem avaliar o atual quadro na ótica do perfil ideológico dos candidatos com petencial para chegar ao segundo turno da corrida eleitoral para Presidente da República.
DADOS DO PERFIL IDEOLÓGICO
Os resultados da pesquisa XP investimentos são os mostrados a seguir. 

1) Lula lidera com 29%: 38% dos eleitores são de esquerda e centro-esquerda, 9% de centro, 26% de centro-direita e direita;
2) Bolsonaro com 24%, em segundo lugar: 9% dos eleitores são de esquerda e centro-esquerda, 21% de centro, 41% de centro-direita e direita;;
3) Marina com 9%, em terceiro lugar: 19% dos eleitores são de esquerda e centro-esquerda, 19% de centro, 31% de centro-direita e direita
4) Ciro com 6%, em quarto lugar: 32% dos eleitores são de esquerda e centro-esquerda, 26% de centro, 21% de direita e centro-direita

ESPECTRO IDEOLÓGICO
Os dados da pesquisa mencionada apontam que os candidatos mais à esquerda são 1° Lula e 2° Ciro; os mais à direita são 1° Bolsonaro e 2° Marina.

O QUE É SER "DE DIREITA" OU "DE ESQUERDA"?

Na minha avaliação, diante da conjuntura atual, o espectro ideológica está delimitado pela linha divisória do golpe parlamentar-midiático-judiciário de abril de 2016.
Lula e Ciro foram contra e combateram o golpe desferido contra a democracia para destituir a Presidente Dilma.
O impeachment esteve associado ao tribunal de exceção da Lava Jato e sua ferramenta da justiça seletiva ou lawfare, que é o uso do judiciário, dentro de estado policialesco, para perseguir e aniquilar os governantes do campo de centro-esquerda.
Já Bolsonaro e Marina, aliados de Aécio e Temer, desferiram o golpe contra Dilma; apoiam a perseguição contra Lula e os que realizaram o governo de inclusão social, lançando contra eles todas as mazelas da crise brasileira.

Pode-se inferir, do quadro atual, que "ser de direita e centro-direita" é apoiar as forças golpistas e seus aliados; e "ser de esquerda e centro-esquerda" é discordar do golpe e apoiar as forças do campo democrático de centro-esquerda.

QUAL A PERSPECTIVA ELEITORAL?

Com Lula preso e potencialmente inelegível, mantendo-se a divisão do campo da esquerda, é possível prever que o 2° turno será disputado por dois candidatos do campo da direita.