A MORTE DO AGOURENTO É A SOBREVIDA DA ESPERANÇA!
Hoje, último dia do agourento mês que, em 1954, Getúlio Vargas cometeu suicídio.
Hoje, último dia do agourento mês que, em 1961, Jânio Quadros renunciou do cargo de Presidente da República.
Hoje, no último dia do agourente mês de agosto, os Ministros Joaquim Levy da Economia e Nelson Barbosa do Planejamento, do governo trabalhista, apresentaram a peça orçamentária Brasil 2016.
O tão anunciado rombo, que seria, segundo agourentas previsões de R$ 100 bilhões, na verdade, é de R$ 30,5 bilhões.
Não que ele seja pequeno; mas não é o monstro que pintaram.
Na mesma solenidade de hoje, foram anunciadas outras previsões da peça do orçamento 2016:salário minimo de R$ 865,50; inflação de 5,4%; e crescimento da economia de 0,2% (num mundo mergulhado em crescimento negativo).
Mas os números que ventilam alguma esperança não interessam; o enfoque é da previsão negativa; por isso, todos os holofotes para o déficit orçamentário como prova apocalíptica do fim do mundo (leia-se, do governo trabalhista!).
No auge da crise da bolha imobiliária americana, em 2008, o déficit orçamentário foi superior a 12%; o governo ianque resolver gastar dinheiro do contribuinte para salvar as empresas imobiliárias em crise. Hoje, o déficit americano é de 3,5% do PIB.
No Brasil, o tão propalado rombo anunciado hoje representa 0,5% do PIB.
O verdadeiro rombo nas contas públicas brasileiras está no percentual de 7,5% do PIB do orçamento destinado ao pagamento dos juros aos bancos privados para rolar a dívida interna.
No Brasil, a relação da dívida bruta com o PIB é de 64,4%, enquanto na poderosa Alemanha, da tão idolatrada Presidenta Angela Merkel, é 85%.
Mas, na República das Bananas o que se fala na grande mídia, como um mantra repetido exaustivamente para tentar nos tornar todos imbecilizados, é que o governo tem que cortar gastos;
Que gastos?
Na ótica das vozes dominantes, gastos com investimentos em infraestrutura, transporte coletivo, saúde, educação, cultura, gastos sociais Minha Casa Minha Vida, FIES, bolsa família, subsídios para produção de alimentos, apoio à agropecuária sustentável etc.
Todas estas distorcidas e vorazes vozes dominantes omitem os gastos com o financiamento da dívida, pagando juros escorchantes, de agiotas, aos banqueiros que faturam todos os anos os maiores percentuais de lucros do mundo!
Por isso, eu digo: pela redução dos juros a 1% ao ano, pelo corte dos gastos supérfluos com o bolsa iate, pelo fim do programa Minha Mansão Meu Luxo, pelo corte dos 14º e 15º salários, pela extinção das segundas férias anuais, pela redução dos super salários acima do piso constitucional, pelo fim das gratificações acumulativas e aposentadorias de 50 mil por mês!
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*Osmar Pires Martins Júnior é escritor membro vitalício da cadeira 29 (Patrono: Attílio Corrêa Lima) da Academia Goianiense de Letras
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