#TerroristaDoPL: o que falta para prender o chefe da máfia golpista?
O autor lançou explosivos contra a
escultura da deusa Themis, que simboliza a Justiça em frente a sede do STF e
pretendia invadir o prédio, onde os ministros realizavam uma sessão de
julgamento, com a intenção de atingir o seu alvo, o ministro Alexandre de
Moraes.
Mas, o terrorista do PL foi impedido pelos
seguranças da Corte. Frustrado no seu intento criminoso, o terrorista se autoexplodiu
com uma bomba que estourou os próprios miolos da cabeça.
Logo em seguida, ouviram-se três explosões
num carro, estacionado a duas centenas de metros do STF, no pátio da Câmara
Federal. Próximo ao carro onde ocorreu as explosões, a Polícia Federal
localizou um trailer que, assim como o carro, estão registrados em nome do
terrorista, contendo artefatos explosivos e celular.
O terrorista alugou, em julho de 2024,
uma casa em Ceilândia, no plano piloto da Capital Federal. O quarto da casa
continha explosivos e arsenais programados para explodir logo depois do
atentado à sede do STF.
A Polícia desativou pelo menos seis
artefatos explosivos na Praça dos Três Poderes, sendo dois deles no cinto do
autor dos ataques. Por meio de varredura das bombas, foi localizado o trailer e
a casa. No corpo do terrorista foi encontrado um timer com a função de
controlar uma sequência de explosões.
O autor do atentado terrorista é
Francisco Wanderley Luiz – "Tio França", chaveiro de 59 anos, natural
da cidade Rio do Sul, em Santa Catarina. O terrorista era militante de
extrema-direita do Partido Liberal (PL), seguidor de Donald Trump e de Jair
Bolsonaro.
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Matéria publicada no jornal digital METRÓPOES, em 13 nov. 2024 |
A Polícia Federal, no âmbito do inquérito
instaurado por determinação do STF, recuperou mensagens apagadas do celular do
tenente-coronel Mauro Cid, durante o exercício de ajudante ordem do Presidente
da República Jair Bolsonaro, revelando uma organização paralela das Forças
Armadas - "Kids Pretos", envolvendo o general da reserva Mario
Fernandes, no exercício de secretário-executivo da Secretária-geral da
Presidência de Bolsonaro, para sequestrar e assassinar o ministro Alexandre de
Moraes e os recém-eleitos presidente Lula e vice-presidente Alckmin, dentro do
planejamento do golpe de Estado, ao que tudo indica, comandado por Bolsonaro.
Segundo relatório da Polícia Federal, noticiado pela imprensa, o documento do plano de sequestro e assassinato das autoridades, intitulado "Plj.docx", foi impresso pelo general da reserva e ex-secretário-executivo da Secretária-geral da Presidência Mário Fernandes, em 6 de dezembro de 2022, às 18h09. Moraes e os demais magistrados da Suprema Corte são desqualificados como "comunistas de merda" pela campanha antidemocrática dos extremistas tupiniquins.
As investigações em curso buscam estabelecer a rede de ligação dos atos extremistas, para esclarecer os vínculos entre executores e mandantes. A história política recente do Brasil inaugurou a violência como método político, verbi gratia, a facada de 6 de setembro de 2018 em Juiz de Fora, a intentona de 8 de janeiro de 2023, o atentado terrorista de 13 de novembro de 2024.
Os eventos políticos violentos devem ser
vistos dentro de um contexto gerado pelo gabinete do ódio institucionalizado na
Presidência da República no governo Bolsonaro e amplamente difundido nos
gabinetes dos parlamentares de extrema-direita. Os institutos de pesquisa
atestam que o bolsonarismo fez dobrar os casos de violência política no Brasil.
As investigações policiais até agora
anunciadas revelam que o terrorista do PL planejou o atentado terrorista com
antecedência, mencionando na sua rede social: "o dia 13 de novembro será a
data de um grande acontecimento".
O que falta para Gonet (PGR)
denunciar e pedir a prisão do cabeça que comanda o terrorismo no Brasil?
A resposta está no raciocínio desenvolvido pelo respeitado jurista Pedro
Serrano - professor de Direito Constitucional da PUC-SP, na entrevista que
concedeu ao Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania.
A questão, segundo Serrano, envolve
minuciosa investigação, pelos órgãos competentes da Polícia Judiciária, dos
elementos indiciários do nexo de ligação entre autoria e ilícitos praticados em
estreita conexão, a serem desvelados sob o crivo das autoridades investigativas
competentes:
i) 8 de janeiro (crime de golpe
de Estado);
ii) roubo das joias (fonte ilegal
de financiamento do crime procedente);
iii) falsificação do cartão de
vacina usado para dar entrada nos EUA (paraíso da extrema-direita refúgio
histórico de golpistas); e
iv) ABIN paralela (uso ilícito da
estrutura do poder público para perseguir e intimidar).
Incumbe à PGR concluir as conexões dos
fatos acima citados, destacando-se o primeiro deles, os crimes denominados
“golpe de estado” e "abolição violenta do Estado Democrático de
Direito" que foram inseridos no Código Penal pela Lei nº 14.197/21 no
Título XII na Parte Especial do Código Penal, relativos aos Crimes contra o
Estado Democrático de Direito.
Referidos crimes
estão previstos nos arts. 359-L e 359-M do Código Penal (CP), verbis:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Art. 359-L. Tentar, com emprego de
violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou
restringindo o exercício dos poderes constitucionais: Pena - reclusão, de 4
(quatro) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.
Golpe de Estado
Art. 359-M. Tentar depor, por meio de
violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído: Pena -
reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, além da pena correspondente à
violência.
Os fatos investigados por determinação do
STF, associados aos crimes contra o Estado Democrático de Direito, são delitos
de ação continuada e tendem a proliferar. Após o atentado terrorista de 13 de
novembro, por exemplo, o Conselho de Ética do PT de Sapucaia do Sul protocolou
no Ministério Público Federal - MPF, em 17/11/2024, a denúncia de uma conduta
criminosa amplamente veiculada na plataforma da extrema-direita mundial
liderada por Elon Musk.
Veja o caso identificado pelo perfil no X
(https://x.com/elkiasg), celular (69) 99282-9251, cf. denúncia no MPF:
[...] Soldado que vai a guerra e tem
medo de morrer é covarde. Eu levaria granada, banana de dinamite para mandar o
Xandão e todo o STF pro inferno, de preferência cheio de esquerdista e especial
de PTRALHAS. Xandão e Lula têm que ser enforcados. Eliminar esses lixos que tem
no Brasil [...] (Manifestação no MPF sob n° 200240078890, de 17 nov. 2024)
As investigações sobre tais condutas, no
devido processo legal, produzirão provas suficientes para o indiciamento,
acusação, julgamento, condenação e prisão dos criminosos de uma poderosa máfia
golpista.
Uma máfia miliciana, corrupta e praticante
de crimes hediondos, liderada por agentes do mundo do crime de há muito
conhecidos dos investigadores.
Os indícios são cada vez mais fortes de
que o chefe deles seja Jair Messias Bolsonaro que, no passado, promoveu
atentado terrorista dentro do Quartel e foi expulso do Exército brasileiro.
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