O Brasil vive o
mais pleno Estado Democrático de Direito. É a República Ocidental mais admirada
do mundo na atualidade: derrubou a Ditadura Militar e não condenou nenhum alto
comandante das Forças Armadas, que tenha sido responsável pelo arbítrio de quase três décadas e milhares de mortos; democratizou o Poder com a eleição de
operários, camponeses, professores ou de ex-guerrilheiros da luta democrática
para os principais postos de comando do País; instituiu a plena liberdade de
imprensa, inclusive daqueles que são contra e montaram impérios midiáticos à
custa da falta de liberdade.
O Governo
Democrático de Direito está há décadas promovendo o mais amplo programa de
inclusão social da história do capitalismo pós-moderno. Os aeroportos foram
'entupidos' de gente da classe média; as ruas congestionaram de carros
comprados por assalariados que antes só andavam de ônibus.
O Governo
Democrático de Direito trouxe para o País megaeventos internacionais que
costumam ocorrer só nos Países de elevado poder aquisitivo, como os grandes festivais
de música, de esportes olímpicos e do futebol.
A COPA
PREPARATIVA DA COPA DO MUNDO
Nos últimos anos,
o País foi varrido por uma avalanche de grandes obras de infraestrutura concluídas, iniciadas, licitadas ou projetadas, com recursos definidos: trem
bala, transposição, ferrovias, rodovias, portos, aeroportos, BRTs, VLTs,
metrôs em algumas capitais. São obras que levam anos e anos para serem
projetadas, licitadas e construídas.
Vencidas as
dúvidas lançadas maldosamente de que o Brasil iria passar vergonha com tais
eventos, eles começaram a acontecer exitosamente: festivais, olimpíadas; as
obras começaram a aparecer. A cidade do Rio de Janeiro sediou as Olimpíadas
Americanas, grandes festivais e shows de astros globais reunindo milhões de pessoas em espaços públicos sem nenhuma ocorrência policial. Os morros foram e continuam sendo pacificados, integrando seus moradores ao Estado Democrático de Direito. Finalmente chegou
o grande pré-teste: a Copa das Confederações. No primeiro teste, dos estádios, passou com notas altas; no segundo, dos aeroportos, não foi reprovado. Todas as obras ficaram prontas, com
antecedência; nenhum estádio desabou... Os aeroportos não ficaram nos
escuros; nenhuma avião caiu, até agora...
NÃO HÁ ESPAÇO
VAZIO EM POLÍTICA
Em
política, nada ocorre ao acaso. Sempre há um interesse por trás de cada ação,
gesto, palavra, pensamento. A torcida para que "algo dê errado" na
sequência de megaeventos no Brasil vem sendo orquestrada desde quando eles
foram conquistados.
A grande mídia vem
lançando escaramuças há muito tempo. O falso clima "anticorrupção",
ao estilo "prende o Dirceu e deixa solto a dupla
Cachoeira-Demóstenes" acabou por vingar. Faltava o estopim. Ele foi
tentado em outras ocasiões, como "as vaias dos latifundiários à Presidência
da República", "a explosão inflacionária do tomate", "o
bolsa família vai acabar", "o apagão da crise energética" que não passava de simples quedas de energia. Esse clima estimula aventuras políticas, que
podem partir de setores apartidários ou partidários.
Agora, com as seleções
estrangeiras todas em território nacional, o estopim finalmente detonou, com a
ajuda da PM tucana. A mais preparada do País, gestada no berço da Operação OBAN
e DOI-CODI na época da Ditadura Militar. A estratégia: jogar no colo do prefeito paulistano Haddad do PT, e, por tabela, Lula e Dilma. E por consequência, em todo aquele que
ousar mudar a natureza do Poder no País do futebol, do samba e da hipocrisia.
ESTRANHO SERIA NADA ACONTECER...
Na belíssima inauguração do Estádio Nacional Mané
Garrincha, em Brasília, no dia 15/06/2013, tudo parecia certo: estava lotado,
por dentro, por 67 mil torcedores de classe média, com recursos suficientes
para pagar até R$ 300,00 em um ingresso, mais os gastos com viagem, hospedagem,
alimentação.
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Público presente no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, na abertura da Copa das Confederações da FIFA 2013, em 15 de junho
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A solenidade foi
palco, pelo lado de fora do estádio, de manifestações do PSTU e PSOL, das candidatas
Marina e Heloísa Helena, com a curiosa cobertura do PiG, que faz um chamamento à participação da classe
média para protestar pela "mudança do País". A composição tipicamente classe média das manifestações ocorridas não desqualifica a reivindicação pela melhoria do transporte público. A questão está na bandeira genérica lançada pela mídia que impõe severa dúvida sobre sua legitimidade política.
VAIADA POR UMA CLASSE SOCIAL E OVACIONADA POR OUTRA, A MAIORIA
A presidenta
Dilma Rousseff declarou aberta a Copa das Confederações da Fifa 2013 e foi
vaiada pela torcida do Mané Garrincha.
Ora, nada mais
consequente: durante a semana, a mídia coroou o "cansei", o
"apagão", o "abaixo a corrupção", "a explosão
inflacionária do tomate" etc com nova bandeira "contra o aumento", conforme anunciou a capa da revista associada ao mafioso Cachoeira.
A classe média foi estimulada intensamente "a manifestar e protestar pela melhoria
do transporte público, que não melhora por causa da crise de desgoverno".
A presidenta
"pagou o pato".
No Maracanã, a
presidenta falou na inauguração da obra para milhares de operários e familiares
que construíram o estádio. Foi ovacionada.
Qual a diferença
entre um público e outro? O do Mané Garrincha, que não pega ônibus, vaiou a
Dilma a título de falta de investimentos públicos; o do Maracanã, que pega
ônibus, aplaudiu a Dilma porque tem emprego, melhorou seus salários e passou
até a andar de carro próprio, mesmo que seja só no fim-de-semana.
O SIGNIFICADO
OBJETIVO DISSO TUDO
O que se assiste na
atualidade, em plena abertura de Copa das Confederações da Fifa, com a mídia
global de olho no Brasil, é puro jogo eleitoreiro adredemente planejado pela
elite conservadora, desalojada do poder central e ansiosa por a ele voltar, com
o apoio de interesses político-econômicos internacionais.
O objetivo
interno é desgastar a presidenta Dilma com os olhos nas eleições do ano que
vem. Os objetivos externos se ligam à manutenção do equilíbrio entre as nações
do G-4, que não querem os países emergentes, liderados pelo Brasil.
E nada disso tem
a ver com transporte coletivo, preço da passagem, qualidade de vida. Os
estrategistas políticos usam um argumento-estopim ao estilo "agitação e
propaganda" para atrair a juventude, parcelas da classe média, de cidadãos
desavisados para aventura política, cuja estratégia não pode ser anunciada.
Não se sabe exatamente qual o objetivo das manifestações. Muito se falou que o Brasil não precisa da Copa, pois tem outras prioridades, como saúde e educação, surgindo daí a bandeira do "Fora Copa". Essa ideia muito badalada com apoio do PiG, que
fatura com o negócio do futebol. Ora, se a proposta tem alguma coerência, então: - Fora Rock'in Rio! - Fora Carnaval! - Fora Fórmula 1! - Fora
Brasileirão! - Fora Copa do Brasil! Na verdade, o "Fora
Copa" é tão incoerente que nos leva a formular: fora monopólio midiático!
O ESTÁDIO DE 1,2 BILHÃO
A política é
coisa séria, para gente competente e honesta. Não é porque alguém, com tais
qualificações, por atuar na política que as perde automaticamente. Por isso,
toda generalização é perigosa e serve ao oposto do que se anuncia!
O estádio de
Brasília, depois que tinha acabado de passar por ampla e caríssima reforma, foi
destruído. Aí, foi licitada construção de novo estádio e a empreiteira contratada, com argumento da Copa. Quem
fez a lambança?
O projeto nasceu,
foi elaborado, licitado pelo governador José Arruda, do DEM (e que seria
candidato a vice presidente da República na chapa Serra, PSDB). O MPF entrou
com ação de improbidade contra ele. Este foi um dos motivos que levou à sua
cassação, prisão e condenação judicial.
ATITUDE CORRETA:
MAIS DEMOCRACIA
Sabendo disso,
qual a atitude correta? Colocar a PM na rua e reprimir a manifestação? NUNCA.
Fazer isso, é cair no jogo dessa gente inescrupulosa. Ser contra as
manifestações pela melhoria do transporte público no Brasil? Claro que não.
Elas são legítimas. O correto é aprofundar a democracia.
As autoridades
públicas que nasceram do movimento das ruas, das greves, das lutas pela
liberdade, sabem que o povo tem razão. O que se quer é melhorar o transporte
coletivo, as cidades, as condições de vida. É para isso que o povo votou nos
candidatos de esquerda, com trajetória de vida, com compromissos de
transformação.
Estando no poder,
são muitas as amarras que imobilizam os políticos a compromissos inconfessáveis.
Apenas para exemplar, os interesses das máfias do lixo urbano, do transporte
coletivo, da canalização de córregos em nome do combate às enchentes, dos
esquemas de gastança como mídia, propaganda e publicidade.
Portanto, as
autoridades públicas que nasceram e mantém compromissos com as suas origens
sociais devem denunciar tais interesses inescrupulosos.
No caso do
transporte coletivo, romper com os oligopólios das empresas de ônibus,
estabelecer a livre concorrência nos serviços e restabelecer o controle público
sobre um serviço público e, principalmente,
discutir com a sociedade, nos fóruns de democracia direta, como os Conselhos
Municipais Deliberativos, um programa de curto, médio e longo prazo de
investimentos prioritários no sistema multimodal de transporte coletivo.
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